A tecnologia LED muda a forma como interpretamos a métrica da iluminação
A tecnologia LED muda a forma como interpretamos a métrica da iluminação
Pequena recapitulação das principais especificações de luz
Para criar os efeitos de iluminação pretendidos, os designers de iluminação têm de estar familiarizados com as diferentes características que expressam a cor da luz branca. Temperatura de Cor Correlacionada (CCT) é utilizada para indicar o aspeto da cor (ou tonalidade) da luz branca. Os valores de CCT indicam o aparente calor ou frio de uma fonte de luz. Uma iluminação com um valor de CCT entre 2700 K e 3000 K emite mais energia na área vermelha do espetro e, desta forma, parece um pouco avermelhada, o que é associado ao calor. Por outro lado, uma iluminação com um valor de CCT de 4000 K e superior emite mais energia na área azul do espetro e, assim, parece mais azulada, o que é associado com frio. Contudo, a CCT por si só não define totalmente o aspeto branco, dado que duas fontes de luz com o mesmo valor CCT podem ter aspetos visuais bastante diferentes. Isso deve-se ao facto da posição exata das coordenadas de cromaticidade também contribuir para a perceção do branco.
O Índice de Restituição Cromática (IRC) é um índice de fidelidade que indica quão próximas, em média, as cores dos objetos estão quando iluminadas por uma fonte de teste em comparação com um dispositivo de iluminação de referência. IRC 100 é o valor máximo, o que significa que a luz em questão está tão próxima quanto possível da fonte de luz de referência. Valores de IRC inferiores indicam que algumas cores podem parecer diferentes em comparação com o dispositivo de iluminação de referência.
Outro índice atualmente a ser padronizado na CIE, e que está bastante relacionado com o IRC, é o Índice de Cor Gamut (CGI). As cores de um objeto iluminado por uma fonte de luz com um CGI elevado (CGI > 100) irão parecer, em média, mais saturadas, enquanto que as cores de um objeto iluminado com uma fonte de luz com um CGI mais baixo (CGI < 100) irão parecer, em média, menos saturadas. Enquanto que o IRC apenas indica que existe uma diferença no aspeto da cor entre a fonte de teste e o dispositivo de iluminação de referência, o CGI indica a direção da diferença: mais ou menos saturação.
Limites da iluminação tradicional
Nas tecnologias de iluminação tradicionais, estes aspetos possuem relações relativamente fixas entre si. Por exemplo, apenas é possível aumentar a saturação (CGI) reduzindo a fidelidade (IRC). Como resultado, diferentes fontes de luz produzem efeitos característicos que eram adequados a determinadas aplicações. A lâmpadas de halogéneo eram usadas em casas, faróis de automóveis e iluminação de palcos. As lâmpadas HID eram utilizadas em TV e na realização de filmes, iluminação de ruas e iluminação de lojas. Estas características levaram a determinados equívocos sobre a métrica da iluminação que era utilizada para descrever a brancura e a cor da fonte de luz. Para descrever o efeito visual das fontes de luz, os aspetos de luz como CCT e IRC não constituem a derradeira verdade. No passado, a tecnologia utilizada (como halogéneo, CDM, CFL, etc.) influenciou a perceção da qualidade de luz de forma significativa, dado que certas métricas que não eram normalmente usadas eram definidas pela tecnologia. Por exemplo, uma fonte de halogéneo e uma fonte de CDM podem ter CCT semelhante e um IRC > 90, mas o efeito de luz é completamente diferente. Além disso, crê-se muitas vezes que um IRC mais elevado proporciona fontes de luz de melhor qualidade, enquanto que vários estudos percecionais demonstraram que fontes de luz com um IRC de 70 podem ser preferidas em relação a fontes de luz com um IRC de 100. Contudo, isto também depende de outras características não englobadas pelo IRC, tais como a saturação de cor.
Os LED mudaram o jogo
Com a chegada da tecnologia de iluminação LED, tudo isto mudou. Agora é possível ajustar e otimizar o espetro de luz para que corresponda a características específicas. A tecnologia LED torna assim possível a criação de efeitos de iluminação completamente novos, concebidos de uma forma que otimiza o equilíbrio entre as necessidades de aplicação e a eficiência energética.
Isto permite que os designers de iluminação criem novas experiências de iluminação. Dado que a nossa perceção da cor de um objeto depende do espetro de luz que este reflete, os profissionais de iluminação podem não só influenciar a perceção do objeto, como também afetar a resposta emocional ao mesmo e ao seu valor percecionado. Isto pode ser particularmente valioso nas lojas de vestuário e alimentação, onde a qualidade de luz e a eficiência energética são fatores fundamentais para as lojas.
Realçar o melhor dos tecidos
Tirando partido desta funcionalidade alargada, a tecnologia LED branca viva da Philips Lighting foi especialmente desenvolvida para aplicações de vestuário, onde a perceção das cores intensas e brancos é crucial. As lâmpadas brancas vivas iluminam os tecidos para realçar o melhor das cores e dos brancos utilizando uma única fonte de luz. As cores ficam com um aspeto rico e intenso e os brancos parecem brilhantes e vivos. Esta solução de elevada qualidade evita o compromisso entre cores vibrantes e intensidade de brancos frequentemente encontrado com as tecnologias de iluminação tradicionais.
Soluções como Premium White e Premium Color oferecem a melhor qualidade de luz possível, sem sacrificar a eficiência energética em aplicações nas quais a qualidade de luz e o custo total de propriedade são importantes. Ao aplicar os conhecimentos sobre métrica de iluminação nas tecnologias para mercadorias e compreendendo as necessidades do utilizador final, as fontes de luz resultantes oferecem grandes benefícios em termos de experiência do cliente, eficiência energética e criação da atmosfera de marca certa na loja.
Garantir o sucesso a longo prazo
Estas são apenas algumas das possibilidades disponibilizadas pela tecnologia LED, que está a recriar completamente as antigas regras e a abrir um novo mundo de oportunidades no design de iluminação. Para criar uma luz de elevada qualidade que produz os efeitos pretendidos, os designers de iluminação têm de compreender a forma como as diferentes métricas de luz interagem entre si e utilizar os componentes certos. Ao criar novos e vibrantes efeitos de iluminação, os designers podem atrair e envolver os clientes, bem como alcançar sucesso a longo prazo.